Eu nasci em Turmalina, interior de Minas.
Cresci cercado de valores simples e verdadeiros —
e foi ali que entendi que a medicina vai muito além do consultório.
A verdade é que eu tentei fugir da medicina.
Mesmo com meu pai sendo médico, comecei outro caminho.
Mas a vida, com seus jeitos intensos de ensinar, me mostrou o verdadeiro destino.
A perda do meu primo Pedro mudou tudo.
Ali, eu prometi nunca mais viver um dia sequer longe do que me faz sentido.
Hoje, cada paciente que entra na minha sala é um lembrete dessa escolha.
Do quanto é valioso cuidar, ouvir, estar presente.
Sou pai da Cecília (e de dois dogs),
viciado em beach tennis, atleticano roxo
e — mesmo com a voz horrível — não resisto a um microfone solto por aí.
Nos momentos de descanso, troco o jaleco por um chinelo,
vou pra beira do mar, ouço um rock e me reconecto com a vida simples.
É isso que me abastece.
Sou detalhista, quase obsessivo com a ordem e a simetria.
Isso aparece no meu jeito de trabalhar — e, confesso, na vida também.
O que mais me toca? A gratidão.
Quando um paciente me agradece por um cuidado, por um resultado,
me emociono de verdade. É aí que tudo faz sentido.
Por trás do jaleco tem um Caio cheio de histórias, memórias e propósito.
E é isso que eu trago em cada atendimento.